Eu peguei o telefone e me preparei para te ligar. Tinha tudo na ponta da língua, as palavras fluiriam sem pausa e sem medo. Eu ia falar tudo que estava entupindo a garganta e tumultuando a cabeça. Eu não ia falar sobre coração, nem sobre amor, nem sobre o quanto estava me machucando. Eu ia falar: “desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe, desculpe(…)” até você compreender que eu nunca estaria certa e nem errada, que isso que aconteceu não foi por culpa do amor, que eu gosto de você, mas eu sou idiota e não aceito te ter - também não aceito me ter. Eu ia te pedir desculpas mais uma vez, para você entender que a faca que cravei no peito, não vai sair tão fácil e que se eu te abraçar, vai machucar você também. É por isso que eu corri, é por isso que eu fui embora. Eu não queria te machucar. Também queria que você entendesse que eu não sou tão bonita quanto você imagina, mas acho que agora você já sabe disso. Você disse uma vez: “tome cuidado com o que outros podem fazer com você”, e eu sai correndo por medo. Não por medo de me machucar, mas sim por achar que eu poderia te machucar como outros te machucaram.
E por último, eu ia dizer: “não me espere”, como uma frase doce que se quebra em cubículos esbranquiçados.”
para nós, (inacabado) - porque há muitas desculpas que eu ainda não sei pedir (via: Ellie )
1 comentários:
Eu definitivamente sou muito fã desse jeito que a Ellie tem de contar ela e me fazer sentir que ela está na verdade contando a minha história...
Linda Ellie!
Ela não tão bonita quanto eu imagino, ela é mais, muito mais!
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