16 de junho de 2012



“Meu Deus, não sou muito forte, não tenho muito além de 
uma certa fé — não sei se em mim, se numa coisa que 
chamaria de justiça-cósmica ou a-coerência-final-de-todas-
as-coisas. Preciso agora da tua mão sobre a minha cabeça. 
Que eu não perca a capacidade de amar, de ver, de sentir. 
Que eu continue alerta. Que, se necessário, eu possa ter 
novamente o impulso do vôo no momento exato. Que eu 
não me perca, que eu não me fira, que não me firam, que 
eu não fira ninguém. Livra-me dos poços e dos becos de 
mim, Senhor.”



Caio Fernando Abreu

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