30 de janeiro de 2011

A todos aqueles que a vida me concedeu conhecer e compartilhar carinhos e afetos, mas que, pela dimensão temporal e efêmera desta mesma vida, hoje me sinto privado dos mesmos, a minha eterna lembrança.



          

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

[Carlos Drummond de Andrade]


1 comentários:

Milene Lima disse...

Olá.
Vi suas pegadas lá no meu canto e vim conferir... Muito bacana por aqui, as palavras são bem tratadas.

Quando possível, confira meu outro blog, que na verdade é o principal...

Obrigada por ir.
Beijo!