A todos aqueles que a vida me concedeu conhecer e compartilhar carinhos e afetos, mas que, pela dimensão temporal e efêmera desta mesma vida, hoje me sinto privado dos mesmos, a minha eterna lembrança.
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
[Carlos Drummond de Andrade]
1 comentários:
Olá.
Vi suas pegadas lá no meu canto e vim conferir... Muito bacana por aqui, as palavras são bem tratadas.
Quando possível, confira meu outro blog, que na verdade é o principal...
Obrigada por ir.
Beijo!
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